segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Valverde discute com empresários pacote de projetos socioeconômicos


A convite do presidente da Fecomércio, Raniery Araújo Coelho, o candidato ao governo do estado pela coligação “Rondônia Melhor Para Todos – PT/PSB, Eduardo Valverde, se reuniu com lideranças de várias entidades envolvidas com o comércio, indústria, agricultura, turismo e segurança pública. No encontro, Valverde ouviu propostas e apresentou sua plataforma de governo, que, em muitos pontos, coincide com o que é reivindicado pelo grupo de empresários.

Valverde fez um breve relato da realidade política, social e econômica de Rondônia. Ele lembra que, por várias décadas, o estado sofre o marasmo de governantes que privilegiam alguns em detrimento da população num todo. “Essa velha forma de governar está ultrapassada porque o Brasil é outro, Rondônia é outra. Hoje os olhares se voltam para o estado que pode se tornar um grande exportador de produtos, principalmente para os estados vizinhos, para a América Latina e até para o Oriente, via Pacífico”, aponta.

Infraestrutura

 
Para evitar a devolução de verbas expressivas à União por falta de bons projetos, Valverde disse que, como governador, vai estruturar de tal forma os órgãos responsáveis pela elaboração de projetos, ao ponto de dar condições de trabalho às equipes técnicas. “O estado já tem dispositivos que podem atender a maioria dos pedidos aqui feitos. O BASA e o BNDES oferecem linhas de crédito a todos os setores de produção. Basta acioná-los com projetos bem feitos”, ressalta.

Para o candidato petista não basta estruturar o estado, “é preciso que todos os municípios também sejam orientados na execução de seus projetos para evitar devolução de verbas”. Junto à assistência técnica, Valverde diz que vai estruturar também as vias de transportes rodoviário, hidroviário e, futuramente, ferroviário. A exemplo do porto da capital, que recebe obras de estruturação, Valverde aponta mais três municípios estratégicos que precisam se estruturar melhor para servir a demanda do escoamento de produtos: Guajará-mirim, Machadinho e Ji-Paraná.

Eduardo Valverde lamenta a falta de empenho dos dois últimos governos que jogaram fora a oportunidade da implantação de centros tecnológicos pelo governo federal tão-somente pela falta de vontade política de criar contrapartidas. Enquanto isso, o Acre possui seis unidades destes centros que prestam assistência técnica a vários setores de produção.

Impostos

No tocante à pesada carga tributária reclamada pelos empresários, Valverde disse que todo esforço deve ser feito para reduzir os impostos estaduais. Ele lembra que a reforma tributária no Brasil ainda não foi feita porque os três estados que mais arrecadam (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) fazem “corpo mole”. “Aqui em Rondônia, o governo, empresários e outras lideranças, devem estudar compensações que desonerem a carga tributária”, sugere.

Turismo

Além de melhorar substancialmente as vias de transportes de passageiros e cargas, as cidades devem ser preparadas para receber a demanda retraída de turismo no estado; “O nosso potencial turístico deve ser fomentado, mas as cidades precisam ser urbanizadas; os aeroportos reestruturados; um contingente especial da Polícia Militar deve ser capacitado para atender turista. O ecoturismo pode gerar interessantes divisas, mas requer estrutura. Devemos, enfim, profissionalizar o setor para que seja absorvida a mão de obra disponível pelas universidades a cada ano”, enfatiza Valverde, reconhecendo que o turismo ainda é incipiente no estado, e que é preciso explorá-lo de forma rentável e sustentada; elaborando um calendário turístico contendo as festas tradicionais do estado a exemplo da “Festa do Divino, uma tradição de 114 anos no Vale do Guaporé.

Agropecuária

Apesar de já existir Lei de Zoneamento em Rondônia desde 1988, ainda hoje ela não saiu do papel. “É um setor que também precisa ser implementado e incrementado, já que ocupamos lugares importantes no rancking de exportação no setor. Mas nesse item também precisamos ter um serviço de excelência obedecendo algumas regras ambientais. Se é para plantar cana-de-açúcar ou soja, isso deve ser feito de tal forma que não comprometa o ambiente e que garanta de fato divisas para o estado”, adverte Valverde, dizendo que é necessário maior empenho do governo estadual na industrialização de produtos aqui mesmo na região, ultrapassando os limites da simples exportação de matéria prima.

Às pequenas empresas, Valverde diz que é importante desemperrar os mecanismos para liberação de financiamentos. Disse que vai recriar o Iteron, reativando projetos que facilitem o acesso a empréstimos, obedecendo aos critérios do Programa Terra Legal.

 
Tráfico e Segurança Pública

Se o contingente federal é pequeno para guarnecer os mais 1.300 Km de fronteira de Rondônia com a Bolívia, o governo do estado precisa ser mais atuante no apoio ao combate do narcotráfico, gerindo melhor o seu aparato policial. “Se quisermos combater de fato o narcotráfico, isso deve ser feito de forma intensiva nos locais de acesso ao território nacional. É de interesse do estado entrar pra valer nessa luta. É necessário, enfim, reescalonar as polícias de forma que haja um mínimo de segurança no campo e nos centros urbanos. Toda sociedade será ouvida para buscarmos soluções”, diz Valverde.
Centro de convenções
Os empresários dizem que já passou da hora de Rondônia dispor de um centro de convenções com estrutura para sediar grandes encontros estaduais e internacionais. “Este é um compromisso nosso. Vamos logo pensando numa área estratégica para construirmos afinal o nosso Centro de Convenções”, conclui Valverde.

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