Para o deputado Valverde o investimento no gasoduto se justifica diante do consumo interno.
O deputado Eduardo Valverde (PT/RO) participou na manhã desta quarta-feira (9) na comissão de Minas e Energia de audiência pública sobre a política nacional de gás natural.
Entre os assuntos defendidos pelo parlamentar está a construção sobre a viabilidade do gasoduto Urucu/Porto Velho. O empreendimento, segundo Valverde, garantiria o fornecimento de energia elétrica aos estados do Amazonas, Rondônia e Acre, a partir da utilização do gás natural proveniente da bacia do Solimões, no Estado do Amazonas, em substituição ao óleo combustível.
Pelos dados da Petrobras, as reservas de gás existentes naquela região totalizam mais de 100 bilhões de metros cúbicos. E, o projeto inicial do gasoduto era permitir o escoamento inicial de aproximadamente 5 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, para as cidades de Manaus e Porto Velho, ligando gasodutos de Coari a Manaus, com aproximadamente 420 quilômetros de extensão, e outro até Porto Velho, com cerca de 550 quilômetros
A responsável pela diretoria de gás da Petrobras, Graças Foster disse que a construção do gasoduto dependerá do comportamento da economia rondoniense, que precisa para absorver o gás produzido e transportado.
Porém ela reconheceu que o consumo de gás natural no Brasil voltou a atingir patamares semelhantes aos registrados antes da crise econômica mundial, que teve início no final de 2008. Ela participou de audiência pública sobre a Política Nacional de Gás Natural realizada pela Comissão de Minas e Energia.
Segundo Foster, ontem, por exemplo, foi registrado consumo de 40 milhões de metros cúbicos de gás. Desde 2008, não era registrado número tão alto. No auge da crise, em dezembro de 2008, o consumo diário de gás chegou a cair ao patamar de 25 milhões de metros cúbicos por dia. Foster atribui o pico de consumo à retomada do crescimento industrial. Conforme a diretora, 80% do consumo de gás natural no Brasil é da indústria. Ela lembrou que 84% de toda a energia gerada no país tem base hídrica; apenas 6% vem do gás natural.
Para o deputado Valverde o investimento no gasoduto diante desse consumo se justifica, principalmente, porque não se pode ficar na dependência da chuva para a geração de energia para o País.

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